quinta-feira, janeiro 12, 2006

Ainda estamos por aqui e ondas distorcidas

Noutro dia ou mais precisamente já de noite, em assembleia de anjos, decidiu-se telefonar à Dra Ana Filomena Amaral para lhe dizer que não levasse a mal o nosso texto das Filó…sofices, se calhar teríamos abusado um pouco etc, e tal… vocês entendem (vocês acreditam?!?).
Assim foi. Ligamos… 239…… chamou e:
Do lado de lá: Tai Chi ?
Do lado de cá: Tá sim?
Do lado de lá: Tai Chi Chuang?..
Do lado de cá: Desculpe, devemos ter feito o número errado. Era mesmo para falar com a Dra Ana Filomena Amaral, se calhar a vossa loja tem o número parecido.
Do lado de lá: Tai Chi Chuang? Inglês? Gruntvig? Moving and learning? Desertos? Desertificação? Centenário do Ramal da Lousã?
Do lado de cá: Espere! Disso tudo só percebemos a parte do Ramal da Lousã.
Do lado de lá: Está inscrito. Traga a família e amigos.
Do lado cá: Mas inscrito em quê? Levo-os aonde? Quando? Como? Mas, …
Do lado de lá: Para mais informações, por favor leia o Trevim.
(Desligaram)
Sinceramente ficamos a pensar que deve ser uma dessas coisas novas chamadas telemarketing ou coisa parecida. Está certo. A Lousã merece estas coisas modernas.

Por falar em coisas modernas na Lousã, moderníssima está a rádio da Lousã. Sim, a Lousã FM nos 95.3.
O programa da Teresa e do António é um autêntico estrondo. Escutar aquele programa é de um autêntico “réléx”.
Estes dois animadores até se entendem. Ela comanda e ele lá vai acompanhando como um autêntico cão de fila, as piadas, e que piadas, presenteadas aos ouvintes (se existirem). Quer dizer, pelo menos nós ouvimos.
Mas é constrangedor ouvi-los a pedirem às pessoas para telefonarem e nada. Nem um telefonemazinho. Ninguém se digna a telefonar. Ninguém, alto lá! Noutro dia ouve um ouvinte que telefonou.
Quem? Perguntarão vocês. Quem é que estando num momento de “réléx”, se incomodou a telefonar para o programa?
Imaginem pois que foi o marido da animadora do programa.
Chamar estação de rádio à rádio da Lousã, nos moldes como está é um exagero. Agora desta forma, já nem “apeadeiro” lhe poderemos chamar quando emite programas domésticos.
Indescritível o diálogo entre marido e mulher. O absurdo tinha atingido o clímax do “réléx” no programa. Ao menos podia-lhe ter perguntado se tinha feito as compras lá para casa.
Agora imaginem, com o alcance que julgamos nós, a antena da Lousã FM deverá ter, isto a ser ouvido noutras terras, noutros lugares?
Será que merecemos ter uma rádio assim?
Nós, que estamos Em cima do Trevim, apeteceu-nos dar cabo da antena, mas como somos anjos e os anjos não fazem dessas coisas, desligamos o rádio e fomos ler o editorial do Trevim, o de baixo, que é a “tribuna dos dias melhores”, da defesa dos valores democráticos onde o texto de opinião “Votos” é um bom exemplo.

Um bom ano para todos (que bem precisamos).