sexta-feira, maio 19, 2006

E de repente...

Aqui estamos novamente.
Pelos vistos estamos a ser incómodos, mas sinceramente não encontramos motivos para isso. Nós limitamo-nos a estar Em cima do Trevim. Apenas e simplesmente isso.
Ora, como “estivemos fora” e depois de “difíceis negociações” para “regressarmos”, vamos lá ver o que nos ocorre:

Nestas últimas semanas, a Lousã tem vivido uma série de eventos que, na nossa opinião, merecem algumas considerações:

Lousã, Capital do Papel e do Livro.
Trata-se de um evento, digamos, talvez de muita boas intenções, com um público-alvo muito específico e pouco apelativo à população em geral, apesar da Feira do Livro. Infelizmente.
De qualquer forma, consideramos ser de muita qualidade para os miúdos, mas de pouco futuro se tivermos em conta os dias e horários. É constrangedor ao fim de semana ver o Pavilhão de Exposições quase às moscas. Este ano lá se safou com a Margarida Vila-Nova e com o programa da Antena Um, que sempre serviu para promover cá a nossa querida terra, mas no resto, apesar da qualidade dos escritores, a adesão foi muito fraca. Nem o grupo de fans de Manuel Pancha, de fazer inveja ao vigário da nossa paróquia conseguiu animar aquilo.
Senhor Vereador. Reformule o evento. Há que atrair gente, nem que seja com um grande escritor de canções como o Quim Barreiros. Já imaginou? Ouve-se aquelas lindas baladas de uma profundidade ímpar e sabe-se lá, até se compra um livrito, talvez do Fernando Rocha, para manter o nível. Para quem comece… não se pode exigir muito.

Comemorações do 25 de Abril.
Na noite de 24, realizou-se um excelente espectáculo com músicos lousanenses que tocaram excelentes músicas de intervenção, onde a memória de Zeca Afonso predominou. Mas como não há bela sem senão, ao que nos segredaram houve um deputado municipal que quase conseguiu estragar a festa. À atenção de Luís Whisky Gonçalves.
No dia 25 de Abril… estava-se bem na praia. Mais uma vez, a participação dos membros da Assembleia Municipal, representantes (?) dos lousanenses, compareceram em massa. Que chatice para os convocados a discursar.
À noite, segundo conseguimos apurar, só nos ocorre afirmar que ainda bem que os Coros são compostos com muitos elementos.
Mas, deixemo-nos de rodeios. Tirando o espectáculo de 24, as Comemorações do 25 de Abril quase pareceram um cumprir de calendário e é pena.
Lousanenses, não desanimem. Foi bem melhor… que na Madeira.
VIVA O 25 DE ABRIL!!

Entretanto, nós temos reparado que o nosso Vigário tem andado com um ar do tipo carrancudo misturado com apreensivo. Nós, Louzanjos, intrigados e ao mesmo tempo preocupados. Sim, preocupados com um membro da “família” apesar de muito muito (sim, 2 vezes) afastado (é que daqui, do cimo do Trevim até aí abaixo…), começamos a pensar nos motivos para tal situação. Pensamos, pensamos, voltamos a pensar, discutíamos, falávamos para os espelhos a ver se estes nos respondiam, até que um dia ao olharmos para um folheto… fez-se luz! O vigário está assim e a culpa é… da CÂMARA!
Da Câmara perguntam vocês? Sim, da Câmara, respondemos nós.
Mas porquê? Como? Perguntam vocês novamente. E respondemos nós:
Porque a Câmara anda a incentivar as pessoas ao… Pecado.
Ao Pecado?
Sim, ao pecado. O pecado da GULA!!!!!
Foi o Festival Gastronómico da Caça e Pesca, foi o Fim de Semana Gastronómico do Cabrito, vai ser a sardinha (esperemos) no São João, as Tasquinhas no Artesanato, a Festa da Cerveja e lá mais para o final do ano, a Castanha e o Mel.
Temos ou não temos razão? Se não temos, digam vocês o motivo.
Aliás, aproveitando o facto de estarmos para aqui a falar de comes, a Câmara bem que poderia apoiar a criação (voluntários não faltarão) da Confraria do Tacho Sempre ao Lume. Era uma forma do tacho nunca arrefecer e a comida estar sempre no “ponto”, pronta para ser servida, sempre que o apetite aparecesse.
Pena é, que esta fartura de festas gastronómicas não seja proporcional nos pratos das casas de muitos lousanenses. Mas isso não interessa.

Vamos terminar, por agora, apenas com uma chamada de atenção a Fernando Carvalho.
Caro Presidente. Olhe bem para Miranda do Ramos. A Presidente de lá, já se anda a mexer por causa dos prováveis encerramentos das Urgências dos Centros de Saúde e com fortes argumentos. A nós, apesar de estarmos Em Cima do Trevim, já nos cheira a fogo por causa disto. Quem avisa, avisou.

Até breve (esperemos) e venha daí o São João que ele nos vai perdoar de mais uma pecado da gula. Antes este do que o da inveja.